Mulheres que inspiram

“Um escândalo. É um bom resumo da vida de Chiquinha Gonzaga aos olhos da sociedade. Mulher sem preconceitos de raça, gênero ou ritmo musical e que prezava pela liberdade – amorosa, financeira, de escolhas – acabou ela mesmo sendo discriminada. Ela foi renegada pela família, afastada dos filhos, desprezada pela elite e humilhada pelas “pessoas de bem”. Uma figura tão audaciosa não tinha como sair ilesa em uma sociedade patriarcal, machista e desigual.”

Assim inicia-se o texto sobre Chiquinha Gonzaga no livro “Extraordinárias – Mulheres que revolucionaram o Brasil” de Duda Porto de Souza e Aryane Cararo, que já indiquei a leitura várias vezes nas minhas redes.

Maestrina, nascida em 1847 e autora da primeira música de carnaval do Brasil, até hoje cantada; a famosa “Abre Alas”. O que mais sabemos sobre ela? Obrigada a se casar aos 16 anos, separou-se do marido em pleno século 19, quando ele a obrigou a parar de se dedicar ao piano, estudo que tinha desde a infância incentivada pela mãe.

Se envolveu com outro homem, de quem também se separou e aos 52 anos, começou um romance com um jovem de 16 anos, algo ilegal nos dias de hoje.

Abolicionista e completamente dedicada à música, foi separada dos filhos e rejeitada pela sociedade por esse comportamento liberto. Foi responsável por introduzir a música popular brasileira nas cortes de Rio de Janeiro.

Faleceu em 1935, aos 88 anos, tendo vivido entre escândalos e melodias!

Transgressora e ouvinte da própria alma, não podemos negar que nos ensina ainda hoje a perseguir nossos sonhos!

Consegue perceber a importância dessa mulher nas nossas vidas?